domingo, 1 de agosto de 2010

O USO DE MAQUETE COMO RECURSO DIDÁTICO

Em se tratando do assunto "Energia, transformações e conservação", existem inúmeras possiblidades de abordagem que podem facilitar a visualização dos fenômenos da física que o envolvem.

A maquete é um bom exemplo de representar fenômenos por meio da reprodução em pequena escala de situações reais, possibilitando uma abstração mais eficiente.

Como algumas equipes decidiram por projeto da feira científica das escolas, a confecção de uma maquete envolvendo as transformações de energia, achamos interessante comentar alguns pontos positivos, que firmam a eficiência da utilização de maquetes como instrumento didático.

Abaixo, trechos adaptados de um artigo bem interessante de Magda Adelaide Lombardo e José Flávio Morais Castro, professores da UNESP (SP), que versam a esse respeito. Embora o trabalho esteja voltado para área da geografia, vale a pena conhecer os resultados da experiência destes docentes.

O USO DE MAQUETE COMO RECURSO DIDÁTICO

RESUMO

A metodologia proposta neste trabalho, está voltada para a atividade do aluno orientada pelo professor. A elaboração de maquete, estimula o aluno a transformar o bidimensional para o tridimensional. A construção de modelos tridimensionais propicia o desenvolvimento da percepção e diferenciação de escala horizontal e escala vertical. Através da maquete, pode-se analisar a paisagem de forma integrada.

Segundo Simielli et al. (1991), a maquete aparece então como o processo de restituição do “concreto” a partir de uma “abstração”, centrando-se aí sua real utilidade, complementada com os diversos usos a partir deste modelo concreto trabalhado pelos alunos. O exercício de construção da maquete, além de exercer um efeito terapêutico, vem minimizar essa deficiência pois, estimula o aluno a transformar o bidimensional (mapa) para o tridimensional (maquete); auxilia no aprendizado da morfometria, principalmente declividade, orientação de vertentes e perfil topográfico; contribui com o desenvolvimento da percepção e diferenciação de escala horizontal e escala vertical. A maquete contribui, também, no aprendizado de alunos portadores de deficiência visual, podendo estes, sentir as diferentes formas do relevo através do tato.

Com esta atividade, ficou evidente o forte potencial do recurso didático. As dificuldades de percepção do relevo, encontradas por ocasião de aprendizagem do conteúdo planimétrico e altimétrico de uma carta topográfica na disciplina cartografia, foram, em boa parte, sanadas por este recurso, que complementou aquelas aulas ministradas. Desta forma, percorreu-se todos os recursos didáticos disponíveis: aula teórica e prática sobre o conteúdo planimétrico e altimétrico de uma carta topográfica, trabalho de campo, construção da maquete e geração de modelos
tridimensionais em SIG.

A partir da maquete, pode-se estimular o aluno a realizar uma análise integrada da paisagem, através da discussão de temas como: uso da terra, hidrografia, ação antrópica, constituição do solo, tipo de vegetação, entre outros.

Devemos estar conscientes de que , em geral, a teoria da comunicação não está restrita à capacidade expressiva dos símbolos gráficos, mas também inclui a comunicação através de sons, linguagem oral e escrita, mímica, figuras (estejam elas em movimento ou não).

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